A Engenharia Simultânea ou Engenharia Concorrente, surgiu com o avanço da sociedade trazendo novas tecnologias e produtos cada vez mais complexos resultando no lead time para desenvolvimento de produtos. Ocorre então o aumento da competitividade empresarial, com produtos lançados cada vez mais rápido, espaços de tempo curto para a grande complexidade de projetos. Então no início dos anos 80, surgiu uma das soluções que foram adotadas por várias empresas, foi o aumento do paralelismo das atividades de desenvolvimento, ou seja, tornar mais próximo possível as atividades realizadas para criação de produtos diferentes. Na maior parte esses processos eram realizados somente nos pós aprovação do novo produto. Essas atividades foram reformuladas para que pudessem ser iniciadas antes mesmo do ciclo que o produto passa antes de ser aprovado.

Foi então em 1982 que a DARPA (Defense Advanced Research Project Agency) iniciou um estudo sobre maneiras de aumentar paralelismo das atividades de desenvolvimento de produtos. Esse trabalho resultou no termo conhecido como Engenharia Simultânea, e a partir desse estudo foram realizados novos estudos que vieram para ajudar no desenvolvimento desse termo e de seus métodos.

DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA CONCORRENTE

Na publicação do seu estudo, em 1988, a DARPA definiu engenharia simultânea da seguinte forma:

"Engenharia Simultânea é uma abordagem sistemática para o desenvolvimento integrado e paralelo do projeto de um produto e os processos relacionados, incluindo manufatura e suporte. Essa abordagem procura fazer com que as pessoas envolvidas no desenvolvimento considerem, desde o início, todos os elementos do ciclo de vida do produto, da concepção ao descarte, incluindo qualidade, custo, prazos e requisitos dos clientes." (WINNER et al., 1988 apud PRASAD, 1996).

Depois da publicação da DARPA sobre Engenharia simultânea, surgiram diversas outras definições. O que tornou o conceito mais extensivo, incluindo cooperação entre todos os envolvidos no desenvolvimento, incluindo recursos computacionais (CAD; CAE; CAM; CAPP; PDM) e aplicação de metodologias.

Todas as definições estão corretas, porem cada empresa deve pensar no modelo que adéqua melhor a sua situação atual e pensar em qual seus escopos de projeto.

USO DA ENGENHARIA SIMULTÂNEA

A engenharia simultânea ou concorrente pode ser usada para realização de projeto para manufatura (DFM) e de projeto para montagem (DFA). Quando o desejo é realizar a integração do planejamento do processo de produção ao produto, visando reduzir custos e simplificar a fabricação de um componente, peça ou sistema, tem-se então o projeto voltado para a manufatura (DFM).

As regras das diretrizes da DFM, aplicadas ao projeto, estão listadas abaixo:

Os objetivos do projeto voltado para montagem (DFA) são:

COMO AS FERRAMENTAS CAD, CAE, CAM E CAPP AUXILIANDO NA ENGENHARIA SIMULTÂNEA

Sem Engenharia Simultânea:

Com Engenharia Simultânea:

Apenas aplicar as soluções de engenharia não quer dizer necessariamente melhoria no ciclo de desenvolvimento em engenharia simultânea, sem a devida gestão os resultados são apenas aumento de produção nas operações separadas, existe a necessidade de fazer a empresa “conversar” entre setores e etapas da produção. Desta forma não resultando em ganhos significantes, pois o retrabalho e perdas vai continuar existindo, devido a erros de projeto.

A integração dessas ferramentas tecnológicas (CAD, CAE, CAM e CAPP) proporciona a interação entre engenharia e projeto – projeto e processos, respectivamente, facilitando a comunicação entre os membros da equipe de projeto.

As informações são melhores aproveitadas do projeto para a engenharia e para o processo, o que permite realizar a simulação mais rapidamente e definir o processo de acordo com as alterações realizadas nas simulações. O uso desse sistema permite a integração, facilitando modificações pontuais na engenharia, no projeto e no processo, mantendo o trabalho que já foi realizado anteriormente.

A integração feita via features viabiliza a automação ou a semi automação das modificações entre as etapas do ciclo de desenvolvimento. Pacotes de CAE, CAD ou CAPP que possuam sistemas especialistas do tipo DFMA são capazes de fazer contínua avaliação do projeto desde a sua fase de concepção, por meio de mecanismos de avaliação da manufaturabilidade. A automação e a integração, dentro do escopo da engenharia simultânea, resultam em melhores desempenhos individuais nas atividades do ciclo de desenvolvimento e em reduções de tempo e de custo no processo projetivo como um todo.

A ENGENHARIA CONCORRENTE E SIMULTÂNEA

A Engenharia Simultânea é um plano industrial que tem sido utilizada para reduzir o tempo de desenvolvimento de produtos, unir esforços de diversos profissionais com diferentes especialidades, que trabalham em grupos de forma cooperativa, sendo que para sua implantação torna-se necessário o entendimento a fundo das ferramentas que integram a estrutura do desenvolvimento de produto, fazendo com que seu lead time seja sensivelmente reduzido.

As empresas que buscam sobrevivem no mercado atual tem que ser flexíveis para que possam se adaptar as mudanças que estão ocorrendo e assim conseguirem inserir novos produtos no mercado de forma rápida, mas não deixando a qualidade de lado. Para ter sucesso no mercado o seu produto precisa atender as necessidades e expectativas do cliente.

A maior vantagem é competitiva, levando em consideração que com a engenharia simultânea a empresa consegue produzir produtos cada vez melhores, mas também reduzir significativamente o seu tempo de desenvolvimento. Fazer com que todas as etapas da produção interajam entre si é essencial para a empresa ter sucesso e executar com maestria a engenharia concorrente ou simultânea.

Para obter o melhor retorno de seu investimento em equipamentos avançados, a Muriaço mudou de um sistema com softwares CAD e CAM separados para um software integrado e associativo (produto CAD/CAM CIMATRON) para obter ganhos de eficiência e produtividade na ferramentaria.

Como muitas outras industrias mecânicas, a Muriaço do Brasil (Moóca, São Paulo) enfrenta pressões cada vez maiores devido à diminuição dos prazos de entrega.

"Cada cliente que temos levaria as coisas em uma semana ou duas, se pudéssemos fazê-lo", diz o gerente de engenharia Carlos Albanez. "Todo mundo quer tudo amanhã."

Para reduzir os prazos de entrega, a empresa cada dia está investindo mais em equipamentos, máquinas CNC e novas metodologias e tecnologias.

Para obter o melhor retorno de seu investimento em equipamentos, a Muriaço adotou o software CIMATRON da 3DSystems. Antes do CIMATRON, a empresa usava sistemas CAD e CAM separados, que não só careciam de recursos, mas também exigiam transferências de arquivos entre as soluções de software, o que prejudicava a eficiência geral.

O projeto integrado e as capacidades de fabricação do CIMATRON suportam um processo mais simplificado que permite à empresa passar mais rapidamente do modelo de peça CAD, para programação NC, para simulação e verificação e, finalmente, para a peça acabada.

O valor do software CAD/CAM integrado para aumentar a eficiência e produtividade

Considerando que a empresa fez a mudança para o CIMATRON principalmente por causa de sua capacidade de modelagem integrada, e de suportar de ponta a ponta, desde o orçamento de ferramental, produtos, projeto, método de progressão, tira, modificações, e análises CAE (tais como spring-back, ponto de ruptura, afinamento de chapa e compensação da deformação).

Assim, existem cinco recursos avançados do sistema de software que as empresas podem aproveitar no CIMATRON, que é um software CAD e CAM integrado:

1. Projeto para Manufatura

“Os clientes enviavam modelos CAD que não podíamos usinar: as faces não eram tangentes, ou tínhamos que colocar superfícies de verificação, etc.”, diz ele. “Com os recursos de modelagem do CIMATRON, podemos facilmente corrigir a geometria ruim, remover recursos e fazer o que for necessário para otimizar os modelos de peças digitais para usinagem.”

Para isso acontecer, o CIMATRON suporta um conceito de modelo mestre que permite que a MURIAÇO prepare e otimize modelos de peças para o CAM enquanto deixa a peça original intacta. Em muitos casos, a empresa propõe modificações para melhorar a manufaturabilidade - um serviço importante que melhora a colaboração com os clientes e permite que a empresa ofereça cotações mais competitivas.

2. Modelagem de Configuração de Máquina CNC

A Pro Tork também usa os recursos de projeto de montagem do CIMATRON para modelar a configuração completa da máquina, incluindo acessórios, ferramentas, calços, morsas e outros itens. Com essa abordagem, a empresa pode criar um modelo digital totalmente detalhado e preciso do ambiente de usinagem que agiliza o processo de programação NC.

"Quando começamos, toda vez que recebíamos um novo trabalho, tínhamos que começar do zero para construir um novo bloco de elevação ou um novo acessório ou grampo", diz Luiz Almeida, gerente de engenharia e ferramentaria. “Mas com o CIMATRON, nós salvamos e organizamos todos os componentes, então agora podemos extrair montagens complexas de gabaritos e reutilizá-las para outros trabalhos. É muito raro agora construir ferramentas especializadas para um trabalho ”.

 

3. Usinagem em 5 Eixos

A Pro Tork faz uso extensivo dos recursos avançados de usinagem de cinco eixos do CAD/CAM Integrado CIMATRON para fornecer peças complexas com acabamentos de superfície de qualidade. Para peças com geometria complicada, a empresa descobriu que a chave para a eficiência de cinco eixos é ter uma representação precisa - um gêmeo digital - de todo o processo de configuração e usinagem da máquina.

“Para nós, era fundamental ter todos os modelos de todos os equipamentos - todos os suportes, a peça em sua localização precisa na máquina, tudo no CIMATRON combinando com tudo na máquina”, diz Luiz Almeida. “Para a maioria da usinagem de cinco eixos, usamos a capacidade do eixo da ferramenta de inclinação automática”, diz ele.

É fácil criar um caminho de ferramenta de três eixos e permitir que o software CIMATRON incline a ferramenta para que possamos facilmente usinar peças difíceis usando a usinagem de 5 eixos.”

4. Fresamento Adaptativo ou Usinagem Dinâmica (VoluMill)

O fresamento adaptativo ou usinagem dinâmica é uma estratégia de usinagem de alta velocidade projetada para ser idealmente adequada para remover grande quantidade de material, seja SAE 1045 até materiais endurecidos como aço (55Hrc), e materiais ligados como inconel e titânio.

Como o fresamento adaptativo utiliza uma grande profundidade axial e uma pequena profundidade de corte radial para manter a espessura consistente do cavaco e reduzir o tempo de usinagem, obtendo mais eficiência e produtividade do processo.

“Estamos agora usando fresamento adaptativo para toda a usinagem de alta velocidade”, diz Rafael de Lima, da FIME Ferramentaria. “Eu posso programar uma operação em um décimo do tempo comparado ao nosso software anterior

Esses caminhos de ferramentas suaves encurtam o tempo de ciclo usando velocidades de corte mais altas. Mas o principal benefício é que podemos prolongar a vida útil da ferramenta em até 400%.

Assim, a vida útil da ferramenta mais longa e mais previsível nos ajuda a reduzir o tempo de fabricação geral porque não estamos mudando as ferramentas com tanta frequência e não estamos parando as máquinas CNC para verificar as ferramentas. Muitas pessoas subestimam esse tempo.

5. Simulação e Verificação do Caminho da Ferramenta

Os recursos de simulação e verificação de usinagem do CIMATRON, usados ​​em conjunto com o gêmeo digital da configuração de usinagem, dão à Pro Tork mais confiança e produtividade em seus programas NC.

“A simulação integrada significa que não estamos precisando mudar para outro programa para verificar o código G”, diz Luiz Almeida. “Está tudo completo e tudo em um software, por isso, se fizermos uma alteração, podemos verificá-lo instantaneamente. Tudo o que vemos no CIMATRON é exatamente como a máquina funciona, até a maneira como a máquina gira sob certas condições ”.

Visando isto, para todas as suas máquinas, o Pro Tork usa o CAD e CAM CIMATRON integrado para gerar programas NC otimizados para todos os comandos. As simulações do CIMATRON aproveitam todos os detalhes do gêmeo digital, incluindo o código do comando da máquina. "Ter tudo preparado no software economiza até 50% do tempo de espera, dependendo da complexidade do trabalho", diz Luiz Almeida. “Temos total confiança em nossos programas e eliminamos testes.”

 

Eficiência e Produtividade de fabricação vem da colaboração

A empresa também aproveitou o software para facilitar a reutilização de conhecimentos de usinagem e melhores práticas. Os modelos de processo no CIMATRON permitem que os programadores reaplicem parâmetros de usinagem de um trabalho para outro. “Podemos criar grupos de geometria com uma sequência de caminhos de ferramenta, como desbaste, semi-acabamento, acabamento e chanfros. Tudo o que você precisa fazer é selecionar um recurso e o CIMATRON aplica todos os parâmetros - como usinar cavidades, como usinar os cantos ... Todos os outros caminhos da ferramenta ainda estão lá. Podemos programar até 90% mais rápido usando o CIMATRON”.

Assim para fornecer a documentação da fábrica, como planilha de processos e listas de ferramentas, a Pro Tork conta com o NC Report, para gerar folha de processos personalizado no CIMATRON, desenvolvidos pela FIT Tecnologia Ltda.

"Trabalhamos com a Folhas de Processos NC, para personalizar um modelo de instrução de trabalho adaptado ao nosso fluxo de trabalho e para criar relatórios NC com base em minha opinião", diz Luiz Almeida.

“Podemos simplesmente selecionar um botão de menu para criar um PDF de instruções de trabalho que sejam completamente personalizadas para nossos requisitos.”

A FIT também suporta a Pro Tork e a Muriaço com tarefas de pós-processamento e simulação.

O envolvimento da Pro Tork e Muriaço com a FIT Tecnologia chegou ao ponto de influenciar o desenvolvimento do software.

"Percebemos que o desenvolvimento da 3DSystems tem implementado novas funções de programação NC em um ritmo acelerado", diz Luiz Almeida.

“Nossas sugestões são levadas em consideração na 3DSystems, podemos revisar e influenciar o desenvolvimento do software CIMATRON. Por exemplo, como resultado de visitar nossa empresa e discussões regulares, a CIMATRON adotou elementos de nosso feedback para as novas funcionalidades do CAD e do CAM”, diz Carlos Albanez.

 

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