3 Tipos de Estampos Progressivo, Transfer e Tandem: Qual a diferença, como são e onde são usados?

O que é estampagem nós já vimos em outro artigo por aqui, mas só para lembrar o conceito, Estampagem é o processo de fabricação que através da operação de prensagem, corta ou deforma plasticamente chapas metálicas, gerando um produto final com ótimo acabamento.

O processo de estampagem é muito útil em indústrias com produção seriada e com grandes lotes como a automotiva e de eletrodomésticos, por exemplo, e são fabricadas no setor de ferramentaria.

Como em qualquer processo de fabricação, além da matéria-prima, é necessário um conjunto de máquina e ferramenta. No caso da estampagem, a matéria-prima deve se restringir a materiais que possam adquirir o formato de chapas ou fitas como o aço, cobre, alumínio, níquel e zinco.

A máquina utilizada é a prensa que pode adotar tamanhos diversos para atender às necessidades da produção e assim como a prensa tem suas características, a matriz que molda o produto tem o perfil especificado e bem detalhado com o formato e tamanho dimensionados.

As ferramentas podem ser classificadas em três grupos segundo a sua utilização, são elas: Estampo Progressivo, Tandem e Transfer.

Utilização de ferramentas no processo de estampagem

Como é comum em qualquer projeto, alguns fatores devem ser considerados para a concepção de uma ferramenta de estampar, entre elas estão: Dimensão, o material e sua espessura, a qualidade pretendida na peça, cadência e por aí vai uma lista de considerações. Sendo assim, podemos agrupar as ferramentas em três grupos:

Estampo Progressivo

Nesta categoria a prensa é alimentada com a matéria-prima através de um processo automático por bobinas ou do processo manual com tiras de matéria-prima. A chapa é disposta entre a matriz superior e inferior e é alvo de sucessivas operações de corte, dobragem ou estampagem até a obtenção de um produto final. Nesta categoria, acontece uma sequência de produção onde o material avança para a etapa seguinte conforme cada operação finalizada. Em alguns casos, na mesma estação, a peça pode sofrer operações sucessivas.

O comprimento do passo ou do alimentador define a velocidade de avanço da chapa para evitar erros de posicionamento. Este processo oferece:

  • Variedade de perfis em um único processo;
  • Minimização do manuseamento do material;
  • Eficiência e fabricação de baixo custo;
  • Produção de alta velocidade;
  • Operação em baixas tolerâncias;
  • Produção múltipla por operação, podendo atingir entre 600 a 2000 peças por hora.

Estampagem Transfer

Diferentemente do Estampo Progressivo, a categoria Transfer é composta por várias ferramentas que executam as operações individualmente. Elas são montadas em sequência sobre uma base comum e as peças transitam de uma ferramenta para outra, geralmente essa movimentação acontece através de sistemas automáticos ou robôs equipados com garras mecânicas ou pneumáticas.

Este sistema foi desenvolvido para fabricar componentes de forma totalmente automatizada, ou seja, sem a necessidade da utilização de mão de obra. A imagem abaixo ilustra a aplicação dos braços robotizados, responsáveis pelo manuseio total dos componentes estampados.

Créditos da imagem: http://www.mckautomacao.com.br/

Confira algumas das vantagens do processo transfer :

  • Alto rendimento e produtividade;
  • Ocupação reduzida de área;
  • Indicado para processos com alto volume de produção e várias operações sucessivas de conformação e/ou estampagem;
  • Substitui com vantagens os sistemas tradicionais de Estampos Progressivos: menor custo e maior flexibilidade;
  • Substituição do operador proporcionando qualidade, produtividade e extinguindo problemas de segurança e saúde, imunizando a empresa de processos trabalhistas.

Estampagem Tandem

Uma linha de prensas Tandem, como o próprio nome sugere, é constituída por uma distribuição simples de prensas separadas entre si por uma distância comum. Neste tipo de estampagem, existe uma prensa e uma ferramenta individual para cada operação do processo de fabricação. Finalizada uma operação, a peça é movimentada para a prensa seguinte, até ao final da linha onde se obtém o produto final. A ilustração a seguir demonstra a movimentação realizada por braços automatizados de robôs, que não necessitam da interferência humana durante a operação.

Créditos da imagem: http://www.mckautomacao.com.br/

As vantagens do sistema tandem são:

  • São sistemas com configuração mais complexa;
  • Ideal para processos com alto volume de produção e várias operações sucessivas de conformação e/ou estampagem;
  • Substitui com vantagem os sistemas tradicionais de Transfer por barras longitudinais: menor custo e maior flexibilidade;
  • Substituição do operador proporcionando qualidade, produtividade e extinguindo problemas de segurança e saúde, imunizando a empresa de processos trabalhistas.

Embora o investimento em ferramentas e instalação do projeto de estampagem possam parecer altos, o custo de produção e mão-de-obra é reduzido, proporcionando maior lucratividade.

 

Manutenção das prensas dos estampos

É claro que qualquer equipamento para se manter funcionando com perfeitas condições de qualidade e segurança, devem passar pela manutenção preventiva. Entre os itens que devem ser observados e substituídos de acordo com a necessidade nas prensas de sistema Progressivo, Transfer e Tandem são:

  • Rolamentos;
  • Correias;
  • Peças e componentes mecânicos e elétricos que possam estar danificados;
  • Tratamento químico das peças;
  • Instalação de CLP e IHM;
  • Instalação pneumática;
  • Motores e redutores;
  • Castilhos e colunas;
  • Estrutura (placa inferior e superior);
  • Elastômeros;
  • Molas helicoidais e Molas a gás;
  • Carros deslizantes e Carros aéreos.

 

Normas de segurança

Se você despertou o interesse por implementar este processo em sua empresa, é importante lembrar que todos os equipamentos devem estar em conformidade com as Normas de Segurança NR12, PPRPS e NBR13930. São elas que definem os requisitos e as medidas técnicas de segurança, garantindo a integridade física dos operadores, do maquinário e de outras pessoas que possam ficar expostas a possíveis perigos.

As normas devem ser aplicadas em unidades fabris desde a implementação de prensas simples até de alta complexidade e também de dispositivos auxiliares.

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