Antes de falarmos sobre simulação CAE no projeto de Estampagem, vamos relembrar alguns conceitos básicos importantes que já sabemos:

Por definição, Estampagem é o processo de fabricação que através da operação de prensagem, corta ou deforma plasticamente chapas metálicas, gerando um produto final com ótimo acabamento. O processo é muito útil em indústrias com produção seriada e com grandes lotes como a automotiva e de eletrodomésticos, por exemplo.

Nos bastidores, por trás de toda a estrutura de produção, existe o planejamento que inicia muito antes do funcionamento das máquinas e é nesta fase que uma peça se tornou fundamental para a garantia da boa qualidade do processo, baixo impacto ambiental e produtividade, essa peça se chama simulação computacional e hoje vamos entender a importância dela na fase de projeto de estampos.

O que é Simulação Computacional CAE?

Imagine se antes de tomar qualquer decisão em sua vida, você pudesse ver toda a situação futura, o que poderia dar errado, o que poderia dar certo e ainda construir diferentes cenários para sua análise na tela do seu computador.

Não seria incrível? Com certeza suas decisões seriam muito mais assertivas e estratégicas para atingir seus objetivos. Infelizmente não é possível criar um recurso como este para a vida pessoal, mas é este conceito que utilizamos nas simulações de todos os processos de fabricação.

 

A simulação computacional é uma ferramenta poderosa que permite a elaboração de diversos cenários, os quais podemos estudar, avaliar e analisar os resultados, colaborando na proposição de soluções para a melhoria de desempenho e assertividade mesmo em fase de projeto.

Para os projetos de estampagem não é diferente, é possível sim simular o processo futuro e para viabilizar as simulações contamos com alguns softwares que são capazes de demonstrar digitalmente as condições futuras de operação e os resultados esperados, inclusive apontando possíveis falhas. Estes softwares são chamados de CAD, CAM e CAE.

CAD, CAM e Simulação CAE

Nos últimos anos, vários profissionais puderam abandonar definitivamente a prancheta e aderir à nova tecnologia 3D que é muito mais eficiente e rápida do que os tradicionais projetos no papel. Chamamos essas tecnologias de CAD e CAM, que são nada mais que softwares capazes de desenhar e projetar desenhos tridimensionais e realizar a simulação da manufatura auxiliados por computador.

Todavia, a evolução não parou por aí. Uma nova tecnologia surgiu e vem ganhando espaço no ramo, o famoso CAE (Computer Aided Engineering) ou engenharia auxiliada por computador. Esta tecnologia utiliza os elementos finitos, na qual é possível realizar simulações estruturais, como identificar se um item da suspensão do carro será resistente o suficiente ou não, ainda na fase de projeto de forma prática e precisa.

Trazendo a aplicabilidade para a estampagem, podemos simular se determinado componente que será estampado vai se comportar da forma que esperamos na prensa e se obterá a qualidade pré-estabelecida.

Características como estiramento ou afinamento da chapa são controlados de forma precisa e trincas e rugas são controlados e eliminados antes mesmo de se construir as ferramentas que responsáveis pelo trabalho fisicamente em prensa. Além disso, pode ser utilizado para orçamento e definição de outros detalhes de produção.

Quem pode simular via CAE?

E aí? Será que qualquer pessoa pode atuar nesta área de simulação CAE? Pois bem, os profissionais que tenham vivência com ferramentas de corte, dobra e repuxo podem sim simular estampagens, assim como ferramenteiros e programadores de CAD e CAM certamente dispõem de experiência para migrar para esta profissão.

Estagiários de engenharia também são bem cotados quando pensamos na formação do profissional, assim como habilidades em modelamento de sólidos e superfícies devem ser consideradas.

É importante destacar que o emprego da tecnologia não é uma realidade exclusiva de grandes empresas. Empresas pequenas e de porte médio também podem investir no recurso para garantir vantagens competitivas. Um exemplo são empresas que fornecem produtos estampados, dobra e repuxo para as indústrias automobilísticas e autopeças que podem sim se beneficiar com as simulações.

Vantagens de Simular via CAE

Algumas vantagens você já notou ao longo dos parágrafos, mas vamos listar aqui algumas principais para que você perceba a proporção da eficiência usando a simulação CAE:

  1. Redução de custos e prazos;
  2. Aumento da qualidade do produto fornecido;
  3. Economia de energia;
  4. Otimização da mão de obra da empresa;
  5. Assertividade nas decisões de planejamento em toda a cadeia;
  6. Solução em orçamento com estimativas confiáveis;
  7. Desenvolvimento de ferramental como a matriz de estampos;
  8. Redução de tempo de tryout e aumento da confiabilidade do processo;
  9. Troca rápida de informações e arquivos com clientes.

Mas e quanto as desvantagens da simulação CAE?

Acabamos de conhecer uma infinidade de recursos oferecidos simplesmente por uma simulação computacional via CAE, mas é claro que tudo tem os seus dois lados. Em especial para empresas com poucos recursos financeiros, investir em tal tecnologia pode ser um custo alto.

É importante considerar que não há somente o custo da licença, mas também a mão de obra de um especialista ou um curso de simulação específico para estampagem que não é comum de ser encontrado.

Todavia, como um bom projeto, considerando redução de custos e desperdícios possíveis dentro da empresa por implementação das simulações, pode-se ter facilmente um valor satisfatório que torne o investimento muito compensador.

Pesquisas internacionais relacionadas à simulação CAE de estampagem

Simulação CAE em peças estampadas

Quem gosta de estar por dentro das pesquisas, vai gostar disso: Nos últimos sete anos houve um foco grande em simulação de processos de estampagem a quente, nesse tipo de processo o Blank é moldado à alta temperatura, alterando assim as características de conformação do material.

A simulação CAE teve sua participação como ferramenta de estudo quanto ao melhor método de estampagem que poderia ser utilizado e as distâncias ideais entre prensa, chapas e o molde, fornecendo informações de controle da força exercido nas chapas.

Utilizando um software de simulação CAE dedicado a estampagem, os especialistas simularam o processo de estampagem e, através dos resultados da simulação, concluíram os parâmetros ideais para compor o produto final. Este é apenas um exemplo, dos muitos que poderíamos citar a respeito do bom emprego da tecnologia de simulação computacional.

A importância do ROI

Os custos, investimentos e retornos financeiros estão, sem dúvidas, entre as principais preocupações das empresas de diferentes segmentos, ter o controle o financeiro da empresa é garantir um posicionamento estratégico em termos de competitividade, logo é uma atividade essencial.

Quando se investe em projetos, treinamentos, marketing, tecnologias e novas máquinas e ferramentas por exemplo, algumas perguntas podem surgir: Como mensurar o retorno dos investimentos? Quanto minha empresa lucrou através deles? Como calcular este retorno? Quais são os melhores canais para investir? Quais projetos priorizar?

Para responder essas perguntas, contamos com uma base de cálculo que chamamos de ROI (Return on Investment). Através deste cálculo é possível planejar os objetivos e metas com base em resultados e, consequentemente, analisar os melhores canais de investimento para sua empresa.

O que é ROI?

O cálculo de Retorno sobre o Investimento permite mensurar quanto dinheiro sua empresa ganha ou perde com os investimentos realizados. É uma relação entre o capital investido e o retorno financeiro obtido pelo mesmo. Desta forma, é possível estimar os resultados, priorizar projetos e saber exatamente onde investir da maneira mais sensata, evitando depositar dinheiro e energia em projetos menos lucrativos.

O ROI pode ser aplicado para diferentes fins, alguns deles são:

  • Aquisição de novas máquinas e ferramentas;
  • Treinamentos;
  • Marketing;
  • Gestão de Projetos;
  • Consultorias;
  • Projetos de CAD / CAM;

Como calcular o ROI?

O cálculo do ROI é mais simples do que se espera. Basta levantar a receita total, subtrair os custos e dividir esse resultado também pelos custos. A equação para cálculo é a seguinte:

Você pode utilizar esta equação para avaliar um projeto ou área como um todo ou individualmente. Para fins comparativos, basta multiplicar o resultado por 100 para obter um resultado em porcentagem.

O que é “Receita”?

Receita é todo valor recebido ou arrecadado pela empresa através das vendas ou serviços prestados. Para o cálculo do ROI, é importante ressaltar que se a análise for individual, ou seja, para projetos específicos, você deve utilizar somente o valor recebido naquele segmento. Por exemplo: Se você está analisando o ROI para a aquisição de uma máquina CNC, deve utilizar a receita apenas das vendas obtidas pelo produto e quantidade de peças produzido por ela e não sobre a produção de todos os equipamentos da fábrica.

O que é “Custo”?

Os custos são todas as despesas necessárias para fornecer o produto ou serviço. Por exemplo: Para a aquisição de uma máquina CNC, são considerados custos: Valor da aquisição do equipamento, taxa de depreciação, custo da área ocupada, energia elétrica, consumíveis, manutenção, entre outros.

Exemplo de Cálculo

Em um determinado projeto, a empresa investiu R$140.000 em uma nova máquina de Comando Numérico Computadorizado. Após a implementação de todo o projeto, o valor arrecadado pela venda do produto foi de R$700.000. Inserindo os valores na equação, temos:

Isso significa que a empresa obteve um retorno de 4 vezes o investimento inicial, ou se multiplicarmos por 100, temos o resultado em porcentagem, obtendo um retorno de 400% sobre o investimento.

Tomada de decisão a partir do ROI

Realizar o cálculo do ROI antes da implementação de um projeto é importante para saber exatamente onde e como investir. Serve como base de estudo para investidores potenciais interessados na previsão de lucros, contribui para o planejamento de metas considerando indicadores reais em tempo hábil e monitoramento dos resultados.

Entretanto, antes de tomar as decisões, é importante levar em consideração que o ROI tem suas vantagens e também limitações, sendo assim o responsável pelos cálculos deve atentar-se na correta utilização desta ferramenta.

Limitações do ROI

Mesmo que o cálculo seja muito atrativo por ser uma solução fácil, alguns deslizes durante o processo de cálculo podem contribuir para resultados indesejados. São eles:

  • A duração do investimento não é considerada: Quando analisamos o resultado do ROI, podemos ter um valor por dia, mês ou ano. Um valor de 400% é bom? Estamos analisando no ano, no período de 5 anos ou 10? É necessário ter atenção para não interpretar errado este resultado.
  • O ROI não considera inflação: Estes dados não são considerados no cálculo então este resultado seria dissolvido ao ano pelo aumento de inflação, tarifas e impostos por exemplo.
  • Não considera sazonalidade: Sazonalidade são as “épocas” de maior ou menor procura por algum produto ou serviço e o ROI não considera isso. Se o investimento for de médio ou longo prazo, é preciso ter em mente que o resultado pode sofrer algumas alterações no período.

Então como avaliar os resultados na ferramentaria?

Para interpretar os resultados corretamente, você precisa levar em consideração alguns aspectos, porque o resultado final pode variar dependendo da qualidade do planejamento, execução e outros itens influenciadores. Considere:

  • A periodicidade de investimento e receitas;
  • A inflação;
  • Os dados e informações do cotidiano da empresa ou projeto;
  • O que foi feito ou não que pode ter influenciado este resultado?
  • Quais ações estabelecidas para o alto ROI podem ser aplicadas em outros projetos?
  • Quais os resultados mais significativos que sua empresa tem em vantagem às outras de mesmo setor?
  • Considere as variáveis e se necessário utilize softwares de gestão para discriminar as informações

 

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